domingo, 31 de janeiro de 2010

FENÔMENO E DOUTRINA


2 - Fenômeno e Doutrina



Até hoje, os fenômenos mediú­nicos que se desdobraram à margem do apostolado do Cristo se definem como sendo um conjunto de teses discutíveis, mas os ensinamentos e atitudes do Mes­tre constituem o maciço de luz inatacá­vel do Evangelho, amparando os ho­mens e orientando-lhes o caminho.



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Existe quem recorra à idéia da fraude piedosa para justificar a transforma­ção da água em vinho, nas bodas de Caná.


Ninguém vacila, porém, quanto à grandeza moral de Jesus, ao traçar os mais avançados conceitos de amor ao próximo, ajustando teoria e prática, com absoluto esquecimento de si mes­mo em benefício dos outros, num meio em que o espírito de conquista legitima­va os piores desvarios da multidão.



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Invoca-se a psicoterapia para basear a cura do cego Bartimeu.


Há, todavia, consenso unânime, em todos os lugares, com respeito à visão superior do Mensageiro Divino, que dignificou a solidariedade como nin­guém, proclamando que “o maior no Reino dos Céus será sempre aquele que se fizer o servidor de todos na Terra”, num tempo em que o egoísmo categori­zava o trabalho à conta de extrema de­gradação.



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Fala-se em hipnose para explicar a multiplicação dos pães.


O mundo, no entanto, a uma voz, admira a coragem do Eterno Amigo que se consagrou aos sofredores e aos in­felizes sem qualquer preocupação de posse terrestre, conquanto pudesse esca­lar os pináculos econômicos, numa épo­ca em que, de modo geral, até mesmo os expositores de virtude viviam de ba­jular as personalidades influentes e po­derosas do dia.



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Questiona-se em torno do - reaviva­mento de Lázaro.


Entretanto, não há quem negue respeito incondicional ao Benfeitor Su­blime que revelou suficiente desassom­bro para mostrar que o perdão é alavan­ca de renovação e vida, num quadro so­cial em que o ódio coroado interpretava a humildade por baixeza.



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Debate-se, até agora, o problema


da ressurreição dele próprio.


No entanto, o mundo inteiro reve­rencia o Enviado de Deus, cuja figura renasce, dia a dia, das cinzas do tempo, indicando a bondade e a concórdia, a tolerância e a abnegação por mapas da felicidade real, no centro de cooperado­res que se multiplicam, em todas as na­ções, com a passagem dos séculos.



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Recordemos semelhantes lições na


Doutrina Espírita.


Fenômenos mediúnicos serão sem­pre motivos de experimentação e de es­tudo, tanto favorecendo a convicção, quanto nutrindo a polêmica, mas edu­cação evangélica e exemplo em serviço, definição e atitude, são forças morais irremovíveis da orientação e da lógica, que resistem à dúvida em qualquer parte.

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