O texto evangélico, ante a luz da Doutrina Espírita, não se refere aos médiuns categorizando-os por fachos ou estrelas, anjos ou santos.
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Com muita propriedade, reporta-se a eles como sendo árvores frutíferas.
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E sabemos, à saciedade, que as árvores produzem segundo a própria espécie.
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Não vivem sem irrigação e sem adubo; entretanto, o excesso de uma e outro pode perdê-las.
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Em verdade, não prescindem do cuidado e do carinho de cultivadores atentos; contudo, se obrigam a tolerar vento e chuva, canícula e tempestade.
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São abençoadas por ninhos e melodias de pássaros amigos; todavia, suportam pragas que por vezes lhes carcomem as orças e pancadas de criaturas irresponsáveis que lhes furtam lascas e flores.
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Registram a gratidão das almas boas que lhes recolhem o favor e a utilidade, mas agüentam o assalto de quantos lhes tomam a golpes de violência ramos e frutos.
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E, conquanto estimáveis aos pomicultores, que lhes garantem a existência, são submetidas por eles mesmos à poda criteriosa e providencial, com vistas ao rendimento e melhoria da produção.
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Assim também são os médiuns da Terra, postos no solo da experiência para a extensão do bem de todos. E anotemos que, semelhantes às árvores preciosas, todos eles, por muito dignos, como sucede a qualquer criatura humana, se elevam em pensamento no rumo do Céu, conservando, porém, os próprios pés nas dificuldades e deficiências do chão.
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